Ex-presidente diz que é candidato “até que se prove o contrário”
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reafirmou na ultima sexta-feira sua intenção de ser o candidato da direita nas eleições de 2026. Ele também declarou que, caso permaneça inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), deixará de acreditar na democracia.
Sobre as eleições de 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirma que é vítima de uma perseguição judicial para tirá-lo da disputa presidencial e que está buscando caminhos para se defender no processo…
”O que seria a democracia? Respeitar o devido processo legal, a Constituição, as leis. Me tornar inelegível por quê? São duas condenações de oito anos… Se eu continuar inelegível, não acredito mais em democracia. Acabou a democracia. Vou lutar até o fim. Sou candidato até que se prove o contrário”, diz o ex-presidente, que foi declarado inelegível por oito anos pelo TSE em 2023.
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TSE e Bolsonaro
Indiciado pela Polícia Federal (PF) em novembro por crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado democrático de direito e organização criminosa, o ex-presidente pode ficar inelegível até 2061, caso seja processado e condenado com pena máxima em 2025. Isso faria com que seu nome só fosse novamente elegível ao cargo político aos 106 anos.
Os crimes atribuídos a Bolsonaro no inquérito sobre a tentativa de golpe podem resultar em uma pena máxima de até 28 anos de prisão. Após cumprir essa pena, ele ainda teria mais oito anos de inelegibilidade, de acordo com a Lei da Ficha Limpa.
Combinando esses períodos, a inelegibilidade de Bolsonaro pode se estender até 2061, sem contar possíveis agravantes. Atualmente, ele já está proibido de disputar um cargo público até 2030, devido à inelegibilidade determinada pelo TSE em 2023, por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação, ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas durante uma reunião com embaixadores antes da eleição de 2022.
O ex-presidente tem evitado comentar sobre quem seria seu candidato caso não possa concorrer à presidência. Em entrevista no mês de novembro, Bolsonaro mencionou que aposta no Congresso para reverter sua inelegibilidade.
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